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domingo, 28 de dezembro de 2014

Prazer Solitário






As torturas da noite 
Calam a voz da mente
Que insana procura fugir
Tua lembrança vem 
E a madrugada não deixa dormir

Toques de tambor nas pernas
Nas tetas que se aquecem
Escondidas nas mãos 
Arrepiam e enlouquecem

Embriagado o ventre 
Acelera o coração
Cerra os olhos 
Abre a imaginação

Estradas entranhas estranhas
Caminhos fechados de medo
Esquecidos na urgência 
De viajar em segredo

Tranca-se portas e janelas
Cobre-se com o lençol
Procura um pouco mais 
Escondida da lua e do sol

Ao primo toque se abre
Se entrega ao seus fieis
Desbravadores espalmados
Adornados de anéis

Ninam agora essa mulher
O ser puta, o ser dama
Ser dona do corpo que doma
Sozinha em sua cama.

Afogada embriagada
Nesse lago de mel e lazer
Refeita veste-se e se despe
Da gana do solitário prazer

Ana Elizabete Barbosa

sexta-feira, 26 de dezembro de 2014

Encantar



Incantare é cantar

Cantar magias 
Fazer em cânticos orações
Lançando ao vento feitiços 
Encantando corações
Causar-lhes reboliços 
Guerras e até revoluções
Quem encanta é culpado ?
Ou quem se permite que é ?
Verdade seja dita da magia
Só tem efeito para quem quiser
A magia não faz amarras
Nem em homem nem em mulher
Incantare encantará
A culpa então seria 
Do segredo do encantado?
Ou daquela que fez feitiçaria? 
Quem é merecedor do canto
Da culpa de então amar?
Seria a feiticeira que encanta?
Ou homem que se deixa encantar?

Ana Elizabete barbosa / Desperte o amor e esse se chegará a você.

quarta-feira, 24 de dezembro de 2014

Boas Festas









Em dois hemisférios 
          O mundo se divide 
Em dois tempos reais

Morte e vida de um Deus 
Nascimento e renovação
A luz vence a escuridão
E por fim vem a revanche
Solstício de verão 
Solstício de inverno
Plenitude maior da terra
Climax da criação 
Os deuses louvam em festa
Em uma linda celebração
São festas de tradição
Que contam a nossa vitória
Só entende quem é pagão
Quem celebra em honraria
A criança da promessa 
A luz da sabedoria 
O renascer de uma semente
A prova de fé e de devoção
Happy Litha, para quem é do Sul
Happy yule para quem é do Norte
Feliz Natal para todos os povos 
Que celebram essa data
Não importa em que idioma
Que credo, nem a quem devota
Importa é que somos irmãos 
E que a geografia que nos separa
É a mesma que nos une e enriquece
De cultura, de amor e de história

Ana Elizabete Barbosa

Reencontro de Amor


Sete mundos conhecemos
Por todos eles viajamos
Buscando o mesmo olhar
Buscando o mesmo abraço
Te encontrar mais uma vez
Infinitas estrelas cruzamos
Tantos desafios vencemos
Em fim a terra chegamos
Nosso amor renasceu assim
Reencontro de almas afins
As experiências passadas
Ensinaram onde não errar
Conhecimentos adquiridos
Lágrimas precisaram rolar
Sorrisos vemos hoje brotar
Gratidão a divindade
Pela benção  permitir
O reencontro de amor
Essa história de valor
Que vivemos nós aqui.

Ana Elizabete Barbosa

Litha Sabbat


Em plenas de promessas
A Deusa e a terra estão
Plenitude do amor vivemos
Nessa linda celebração
O Deus e a Deusa vivendo
O êxtase de sua união
Dias longos, curtas noites
Marcam o solstício de verão
Relembram a grande batalha
Entre o Rei do Carvalho
E o seu irmão Rei azevinho
Vitória do Deus escuro nesse dia
Começa a metade escura do ano
No auge da luz que se inicia
O Deus solar é recolhido a escuridão
A semente do oposto é renovação
Hora de pensar em nossa essência
A espera, a batalha, a esperança
A semente do oposto plantada em nós
Nos convida a grande mudança
O Deus no auge de seu vigor
Celebrando a paternidade
A Deusa com todo seu amor
Fortalecendo a maternidade
Assim celebramos esse sabbat
Com exuberância da natureza
Flores, frutos, animais e relvas
O amor do Deus e da Deusa
Ana Elizabete Barbosa

Discrição



Esse cabelo longo
Esse sorriso safado
Esse olho apertado 
Esse corpo suado
Esse jeito menino

É meu paraíso
É minha perdição
Meu mundo esquecido
É o mapa preciso
Do teu coração.

Ana Elizabete Barbosa