Pesquisar este blog

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

Beija Flor





Deflorador
Beijas a flor
Beijo de cio
De flor em flor
Beija-flor 
Picas o mel
Esbanja dor
Sugas louco
Mel de flor
Provo cá
Tantos ais 
Ais de amor


Ana Elizabete Barbosa

Para um deflorador MMM

Visões



Meu mundo moderno
Cheio de contradições

Ideias desconcertadas
Incertezas, ilusões
Meu mundo de concreto
Onde tudo é abstrato
Não existem formas
Tudo não passa de uma visão
Oásis, miragem, percepção
Nada está errado
e absolutamente nada
Nada está certo. 

Ana Elizabete Barbosa

Poemando Alice







Doce é o amor

Alice   é fogo

Arde em vida

Luz e alegria

Menina ilusão

Alice é pura

contradição




Brincar, rodar

Dançar, viver

Alice maravilha

Meu pedacinho

Pecadinho miúdo

Maravilha do meu 

pequeno mundo.




Ana Elizabete Barbosa 


Poema para Alice, meu doce raio de 6 anos 

terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

Segredos




Os versos pedem passagem
Ao moço também o favor
Para guardar a sua imagem
 A minha aquarela bicolor

Amizade em  um lápis preto
Devaneios em  papel branco
Desenha na aurora  segredo
Um Recife de  desencantos
  
Seu rosto minha cheia eterna lua
Sombra viva a cantar meu céu
Ilumina-me serena face tão nua
Colorindo-me rasga o negro véu

Traga-me teu sorriso minha barca
Navegante olhar meu intimo abrigo
Mente minha mente que nua te abraça
Ferindo o amor te chama de amigo. 

Ana Elizabete Barbosa

Presente







No campo de violetas apenas uma quero colher
As outras deixo para os amigos aproveitarem
O perfume embriagante dos campos quero levar
As flores distribuirei para aqueles que ficarem 

Uma rosa na mão e um batom companheira
Vamos encher a rua que a hora é de lutar
Levanta, sacode, agita a nossa bandeira 
O machismo um dia tem que acabar

Caminhemos cantando aquela velha canção
Seu machismo tá fora de moda se liga irmão
Sou livre, tenho opinião, não sou uma qualquer
Aprenda homem que é homem respeita a mulher

Vai a companheira fica a saudade e o recado
Chorar, abraçar, sorrir não faz homem menos macho
A força, a brutalidade podem ser marcas da sociedade
A mulher precisa de respeito essa é a grande verdade. 

Ana Elizabete Barbosa 

Companheira Sandra : Presente 
#luto

domingo, 16 de fevereiro de 2014

Janaína






Tua beleza expressa o sol 
 no sorriso trás alegria 
de quem brinca com as águas 
e na terra faz morada, 
nas folhas tem seu abrigo
 e no coração o grito 
de quem tem no peito a agonia de viver, 
harmonia de sentir,
 que qualquer hora é hora de ser, 
desde que não seja hora de partir, 
menina de vento, 
que ora lamento só de riso conhecer, 
menina que espero 
que partilho o sincero
 desejo de aprender 
a ser tão doce especial,
 tão mágica tão real 
assim como sabes ser. 
flor morena de canela vestida, 
trás na cor o pecado e a beleza, 
dessa tua realeza, mãe Africa que me trouxe, 
filha do mel e do açoite
 trás nos olhos a beleza da noite
 e o encanto da lua cheia,
 que o meu peito incendeia 
quando louvo a cantar,
 tu eterna rainha, 
Inaê, Janaína filha de Iemanjá


Ana Elizabete Barbosa 

Dois poemas e Um segredo







meu passarinho
fez o seu ninho
no reflexo do mar
brumas na areia
refletem na lua cheia
o brilho do teu olhar
desvelando meu corpo
com dedos sem dedos 
com poemas e segredos
um caos de liberdade
na dança frenética
da alegria e do medo. 

Auroradesegredos
Ana Elizabete Barbosa

Câncer Estúpido






Em cantos 
Vi das
Ré partidas 
Sola mentos
Dez em cantos
Joga dores
Vence dores
Perde dores
Uni versos
Para rei
De clamar
Menti rosas
So risos 
Câncer estúpido. 

Ana Elizabete Barbosa 

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

Valentin's Day



Hoje fiz a lua um pedido insano
Daqueles que não se pede nunca
Mesmo quando queremos muito
Eu pedi teu olhar mais uma vez
E só de pirraça a mesma me fez
Atendida ser em minha súplica inútil
Encontrei na Aurora os teus frios olhos
As tuas gélidas palavras de educação
Testemunhas as estrelas choravam 
Comovidas com minha aflição
As lágrimas que por dentro brotaram 
Lavando meu coração sofrido
Trouxeram em fim a certeza e a lição
As almas se entendem, mas as mentes não. 

Ana Elizabete Barbosa / Dia de San Valentin

sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

Desalento










Minha alma canta
o meu desalento e espanta
aquilo que os olhos não querem verter
eu não quero esperar pela canção do vento
eu não quero viver esse desalento
eu só quero chorar 
ao som das canções que meu amor fez
e que me veio trazida pelo vento

lágrimas lavam os olhos, 
porque o sonho valeu
saudade não é dor 
saudade é saber que tudo foi bom
chorar é para os fortes
porque os fracos, fogem do que sentem
amar é para quem tem alma
alma não é uma coisa calma 
mas tem um verso meio demente
só quem ama é quem sabe 
que se pode chorar alegremente

choro de amor ao gozar
choro de alegria ao sorrir
choro de vida ao nascer
lágrimas que escorrem dos meus olhos
e inundam o meu ser
não corra da música
corra dos versos que não cantei
corra de si mesmo 
se julgar vão os motivos pelo qual eu já chorei

Ana Elizabete Barbosa

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

Comer Morar



Mistérios em sorrisos
Olhares que se tocam
Falas desnudadas
Em um simples beijo
A simplicidade é Up
O corpo nem tanto assim 
Pensamentos fluem
Não perdoam jamais
A entranha estrada estranha
Molhada, quente, abafada 
Onde passeias comprido
Dentro do meio vestido
Que trago em mim
Nas mãos uma rosa, 
Um espinho e uma prosa
Silêncio no bar
O véu vai ao chão furtacor
Delatando a sensualidade da flor
Que quase vê as horas
De olhos fechados implora
Lonjuras, longuras, lisonjas, poucas honras
Verdades impuras na boca do anjo
Desvelada em ombros desnudos,
Deixa o pássaro mudo
O poeta quem me diz
Os olhos cheios de cor
Brilhante flor, cor de anis
Para te comemorar
Devoro-te em versos
Provoco ruídos ao som de um bolero
Não precisa permitir
É do jeito que eu quero
Ao avesso e ao reverso
Quero eu te declamar
Em prosas sem rimas
Perder-me em tuas colinas
Para te comemorar
Devorar
Provocar
Viver amar
Sentir gostar
Comer morar


Ana Elizabete Barbosa