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segunda-feira, 23 de abril de 2012

TEATRO NA SHEKINÁ, SÍTIO DO PICA PAU AMARELO




TURMA DO SÍTIO DO PICA PAU AMARELO

NO FESTIVAL DE LEITURA DA SHEKINÁ
                                                        LEITORANDO


EMÍLIA BONECA SAPECA
FEITA POR TIA ANASTÁCIA
PRA NARIZINHO BRINCAR
A MENINA DO NARIZ ARREBITADO
GOSTOU TANTO DO PRESENTE QUE PASSOU A INVENTAR
QUE A BONECA FALAVA E NÃO PARAVAM DE CONVERSAR

ENTÃO DOUTOR CARAMUJO
FEZ O MILAGRE ACONTECER
NESSA BRINCADEIRA A DANADA CRIOU VIDA
E NÃO PAROU MAIS DE FALAR

ASSUSTADA, ARREPIADA E SEM SABER O QUE FAZER
NARIZINHO FOI PROCURAR EXPLICAÇÃO
DENTRO DA BIBLIOTECA QUE SUSTO!!!!!!!
UM SABUGO DE MILHO SABICHÃO

_ NÃO ME CHAME DE SABUGO
POIS SOU NOBRE SOU VISCONDE DE SABUGOSA VEJA SÓ
SOU AMIGO DA NOBREZA DESSE LUGAR
TENHO AMIGO REI, DE AGUAS BEM PROFUNDAS E BONDOSO
E TAMBÉM TEM UM MARQUÊS EXIGENTE E RIGOROSO

NARIZINHO FICOU ADMIRADA COM TANTA NOBREZA
UMA BONECA QUE FALA AGORA PODERIA SER MARQUESA
ENTROU NA BRINCADEIRA E LOGO ESPALHOU A COCOCÓ
A BONECA TAGARELA IRIA SE CASAR COM O MARQUES DE RABICÓ
GOSTOU MUITO DA IDÉIA A BONECA SAPECA
COSTUROU LOGO UM LINDO VESTIDO NO PANO DO CORPO
MAS LOGO DESISTIU FRUSTRADA QUANDO DESCOBRIU
QUE O TAL MARQUES ERA UM PORCO
COM SUA SABEDORIA O VISCONDE SABUGOSA
CONSEGUIU CONVERCER A PEQUENINA A CASAR
NARIZINHO, O SABUGO E PEDRINHO
FORAM OS SEUS PADRINHOS E A LEVARAM AO ALTAR
E PEDRINHO MENINO VALENTE BAGUNCEIRO E ARTEIRO
INTELIGENTE QUE SÓ ELE
NÃO TEM MEDO DA CUCA NEM DO SACI
HUMMMM CADÊ PEDRINHO ELE TAVA AQUI
JÁ CORREU PROS BRAÇOS DE DONA BENTA
QUE TIA NÁSTACIA FALOU QUE PODIA
QUANDO SE FALA NA CUCA PRA ESSE MENINO
CABOU SE A VALENTIA
NÃO ERA COMO EMILIA
BONECA METIDA ESSA, COMO FALA DONA BENTA
QUE ESTAVA A FAZER BISCOITOS
PRO TAL CASAMENTO NA FAZENDA
TIA NÁSTACIA SÓ CONSEGUIA SORRIR
POIS VEJA MESMO O QUE ACONTECEU
NA HORA DE CORTAR O BOLO
O MARQUES LAMBÃO TODO O COMEU
EMILIA NÃO SABIA O QUE FAZER VOU COLOCAR MEU MARIDO NA ESCOLA A SE COMPORTAR ELE VAI
TER QUE APRENDER
MATRICULOU RABICÓ NA SHEKINÁ
PRA TOMAR CONTA DELE MANDOU O SACI
NOSSA QUE CONFUSÃO TODO MUNDO COM A MÃO NA CABEÇA
CHAMA TIA QUE ESSE PORCO É UM LAMBÃO

DOIS MESES NA ESCOLA E A MARQUESA ERA SÓ ELOGIOS
PRO MARIDO
 QUE AGORA SIM ERA UM NOBRE
COM TODAS AS HONRAS E BRIOS
O SACI NADA ESPERAVA FOI FAZER SUSTO AO MENINO
SAIA DAQUI SEU MIZIGUENTO ACERTE SEU DESTINO
FALA RABICÓ
UI QUE IDEIA DA EMILIA ME TRAZER PRA CÁ
EU VOU É FUGIR DAQUI NÃO VOU MAIS ESTUDAR
OUVE ELE TIA RITA E LOGO LHE DIZ
É O QUE SEU CABRA REPITA QUE NÃO ESCUTEI

COM MEDO O PORCO FALA LIGEIRO
AH NADA NÃO JÁ ESTOU DESCENDO FAZ TEMPO QUE A BIBLIOTECA ABRIU
E A CONTAÇÃO DE HISTÓRIA JÁ TÁ ACONTECENDO
É O VISCONDE O CONTADOR DE HOJE
E DO TEATRO NA JANELA É MINHA VEZ DE FALAR
VOU CORRENDO, VOU AGORA, VOU A TODA
PRA NÃO PERDER NENHUM MOMENTO DESSA AVENTURA LOUCA
GOSTOU TANTO DE LEITURA O MARQUES DE RABICÓ
QUE NO FESTIVAL ELE ARRASOU
CONTOU HISTÓRIA, FEZ TEATRO, ATÉ DANÇOU
AH MEU MARIDO!!!!!!!  A MARQUESA EMILIA ELOGIOU
DONA BENTA GOSTOU TANTO QUE RESOLVEU,
TODO MUNDO VAI PRA CRECHE.
NOSSA MÃE GLEYCE ENLOUQUECEU
DERRUBOU OS ÓCULOS TRÊS VEZES NA HORA DE MATRICULAR
ERA TANTO NOME QUE NÃO CONSEGUIA ACREDITAR
VIXE MARIA NOSSA SENHORA
ALGUÉM VENHA ME AJUDAR

VÃO LÁ PRA BAIXO PRA BIBLIOTECA
ASSIM NÃO CONSIGO TRABALHAR
É MUITA BAGUNÇA NESSA SECRETÁRIA
DESSE JEITO RITA NÃO VAI GOSTAR

BEM VINDO A BIBLIOTECA DOS BRAVISTAS
SELMA FALOU SORRINDO
MAS LOGO CRESCEU OS OLHOS QUANDO VIU
AS PRATELEIRAS CAINDO
RABICÓ QUERIA POESIA
EMILIA CONTO DE FADAS
NARIZINHO QUERIA NOVELA
PEDRINHO AVENTURA
DONA BENTA O LIVRO DE RECEITAS
E SELMA SE ENROLOU
PAROU A CONTAÇÃO
É NUM GRITO MANDOU
TODO MUNDO PRO PAVILHÃO
DONA MONTE E SOCORRO DE CABEÇA QUENTE
NÃO AGUENTAVA MAIS DONA NASTÁCIA
DANDO OPINIÃO, MUNGUZÁ FAÇA COM COCO
ARROZ BOTE MENOS ALHO, MAIS CEBOLA QUE GOSTO ASSIM
QUE CALDO ESSE DEIXE QUE FAÇO O FEIJÃO
CORTE VERDURA, PEGUE CARNE
FAÇA ISSO FAÇA AQUILO
AH EU NÃO FAÇO NÃO
CHAMA LOGO RITA QUE NÃO AGUENTO ESSA CONFUSÃO
ANDRÉIA NÃO AGUENTAVA MAIS
QUEM FEZ TANTA BAGUNÇA
DESSE JEITO NÃO VOU PARAR
JÁ ARRUMEI ISSO TRÊS VEZES
NÃO VOU MAIS AJEITAR
SÓ QUANDO TODO MUNDO FOR PRA SALA
E QUE EU VOLTO A ARRUMAR

CHEGA CRISDIMAR NO MEIO DA AGONIA
VAI LOGO DIZENDO SEM MALDADE DOA A QUEM DOER
ISSO TEM ACABAR,
AFINAL ESTAMOS NA ESCOLA
NÃO É LUGAR DE BAGUNÇAR
VOU CHAMAR RITA TELES
PRA BOTAR ORDEM NESSE LUGAR
DERREPENTE CHEGA ELA FALANDO
QUE BAGUNÇA É ESSA NESSE CORREDOR
O QUE ESTÃO PENSANDO VOCÊS
JÁ TRABALHAR QUE NÃO QUERO NINGUÉM VAGANDO
PRA SALA,
 
 ESTOU MANDANDO
SOU PEDRINHO SOU DA SALA AZUL
PORQUE SOU PESQUISADOR
GOSTO DE EXPLORAR
A CADA DIA APRENDO UMA COISA
E SEMPRE QUE ISSO ACONTECE TIA LÚCIA COMEÇA A CHORAR

E VOCÊ EMÍLIA
SOU DA SALA LÍLAS
ESTOU COMEÇANDO A DESCOBRIR
O QUE É PALAVRA MESMO ENGOLINDO LETRA
TIA RUTE CHAMA PRA LER
É ASSIM MESMO TENHA PACIÊNCIA JUNTOS VAMOS APRENDER
E VISCONDE ONDE FICOU O SABUGO SABICHÃO
AH ESSE SIM ACERTOU O DESTINO
SABE MUITO DE FALAR, DE ESCREVER NÃO SABE NÃO
SENTA AQUI MEU AMOR NA SALA LARANJA
COM TIA ELIANE ARAGÃO

RABICÓ O MARQUES AGORA BEM EDUCADO SE ACHOU
NA SALA AMARELA
COM TIA MÉRCIA FOI ESTUDAR
FORMAS GEOMÉTRICAS, ESPAÇO E TEMPO
ERA UM UNIVERSO A EXPLORAR

CADÊ O SACI MENINO MAIS ARTEIRO DA SHEKINÁ
EITA NEGRINHO INVOCADO,
NA SALA VERDE FOI PARAR
LOGO COM TIA ANA PAULA QUE NEM GOSTA DE ARROCHAR
BOTE LOGO O CACHIMBO NO BOLSO
QUE A COBRA VAI FUMAR

E A CUCA COITADINHA IA FICAR SEM ESTUDAR
A SALA VERMELHA TA SEM PROFESSOR E AGORA
TIA LOGO ARRUMOU VAGA,
DEIXA COMIGO ESSA ALMA
A PROFESSORA É UM ANJO DE ASA
BEM COLORIDA MELHOR ALMA DO MUNDO
ASSUMIU A TURMA
 TIA EDILENE COM SUA GRANDE PACIÊNCIA TOMANDO CONTA DE TUDO

DE VEZ ENQUANDO ABUSANDO VEM UM ANJO COLORIDO
E O TIO DA CAPOEIRA
FAZENDO UM POUCO DE TUDO
CALMA MINHA GENTE QUE EU SOU SÓ UM
DESSE JEITO VOU ENDOIDAR
HORA ESTÁ NO PÁTIO, COM AS CRIANÇAS A JOGAR,
NOUTRA TÁ NA SALA, BOTANDO PRA ESTUDAR.
ESTE TIO É MESMO FERA, BOTA TODO MUNDO NO EIXO,
QUANDO ELE DÁ PERNADA, ABAIXA MENINO, OLHA O QUEIXO.

TODA TURMA DE MONTEIRO LOBATO
DO SÍTIO DO PICA PAU AMARELO
AGORA NA SHEKINÁ PÁRTICIPANDO DO FESTIVAL
É LEITURA DE MUNDO, CULTURA, EDUCAÇÃO
É TRABALHO SOCIAL, REVIVENDO ESSA ALEGRIA
ENFRENTANDO PRECONCEITOS,
MESCLANDO LUTA E VITÓRIA
DESCOBRINDO O PRAZER DE LER, E DE ESCREVER A PRÓPRIA HISTÓRIA

EI FALTA EU
BOTE AÍ MEU NOME NARIZINHO SOU MENINA DO NARIZ ARREBITADO SOU DA SALA BEGE PORQUE JÁ SEI LER E DOMINO ESSA MAGIA
DAS CIÊNCIAS A FILOSOFIA
MINHA TIA É ANA ELIZABETE
A QUE ESCREVEU A POESIA


ANA ELIZABETE BARBOSA

domingo, 22 de abril de 2012

Olinda, Mulher



Oh! Linda mulher faceira,
Berço da cultura nacional,
Casa dos poetas, dos pintores,
Olinda dos escultores,
Meu patrimônio é imortal.

Teu casarío, tuas praças,
Teu verde mar e coqueirais,
Olinda dos Caetés a Marim,
És o sonho dos mortais.

Banhada pelo mar,
Esta bela cidade,
Olinda menina a brincar,
Nos braços da liberdade,

Então canta, Olinda menina,
Pra dançando virar mulher,
Teu canto menina me ensina,
A ciranda da tapioqueira da Sé.

Olinda de Alceu, de Tereza Costa rego,
Olinda de Bajado, de Chico Science,
de Betty Gatis, de Bruno Monteiro.

Ah, Amparo dos carnavais,
O Bonsucesso desse amor,
Nos Quatro Cantos desse Rio Doce,
A Preguiça tem misericórdia de mim.

Nessa Casa Caiada,
Nesse Bairro Novo,
Um Varadouro de cor,
Olinda,
 Dos artistas inspiração,
NA música, na poesia,
na tela um olhar de emoção.

Palco dos meus amores,
Berço das minhas crianças,
Olhar da minha ilusão,
Da minha caneta tinteiro,
Escrevendo poesia,
Mostrando Olinda pro mundo inteiro.

Ana Elizabete Barbosa

Revoada

Ao pássaro que trago nas mãos
Conta-me tua história
oh passarinho,
que vive dentro de mim,
aqui nesse cantinho,
faz do meu corpo tua prisão.
Chora passarinho a tua dor,
por ser tu menino andejo,
antes perdido, hoje esquecido,
voar é o teu mais intimo desejo.
Sem chave pra te libertar,
Sem te poder agradar,
Meu olhar atravessa a janela,
Nada tenho em meu horizonte, a não ser a vista dela.
Vista que se opõe em falar,
que se nega a dizer,
que outras coisas nesse mundo há,
e que tu passarinho  tanto almeja alcançar,
Para não inquietar-me,
Dou as tuas asas liberdade,
vejo em  teu canto a verdade,
quando soam nas caldas do vento.
Querer nada mais posso, que não dependa do tempo,
Essa vista, essa janela,
tuas asas se pintadas, antes fossem amarelas,
faz desse corpo prisão,
repousado na mesma janela,
foge desse ninho sua emoção,
vai e volta sempre  por ela,
para o corpo de uma dama sem coração,
e para os caprichos dos sonhos dela.

Ana Elizabete Barbosa

Simplesmente Elis Regina, a Pimentinha

Elis

Na batucada da vida, eis que surge ela,
Mulata assanhada,
 naquela ladeira, na mesma ladeira,
Ladeira da preguiça.
Vem Bonita,
mais que a garota,
que a Garota de Ipanema,
que tá aprendendo,
Aprendendo a jogar.
Essa Mulher da Cor do Pecado, é a
Doce Pimenta,

 o doce regalo,
do Menino, do homem. da mulher,
das Memórias de Marta Saré,
que  cantava Murmúrio na Saudosa Maloca,
onde construí Meu Pequeno Mundo de Ilusão.


No Meio Termo,
No Meio Tempo,
No Balanço do meu Samba,
Dois prá lá dois prá cá,
Venha a Maria, Maria,
venha a Iracema,
Irene, vem Dinorah, 
As Meninas da Cidade,
Cantam com Madalena,
Cantam com ela, a pequena,
Cantam a voz, cantam a flor,
Cantam o Doce de Pimenta,
Que a Pimentinha de Vinicius cantou.
Ah esse furacão,
a Elis- cóptero da Lee,
que desvelou o Canto de Ossanha,
e que viveu Mesmo de Mentira,
na Noite dos Mascarados,
aquela Fascinação.


Ela com essa Mania de Gostar,
de batucada, de lavadeira, de laranja,
de subir morro, cantar samba e cantar Loa,
Não plantou essa menina,
nenhuma Ilusão a Toa,
Deixou pra todo mundo o Recado,
Nada Será Como Antes,
Minha doce menina,
Está tudo escrito,
Nas mãos da Cartomante,
Na bela Imagem que trazemos,
dentro do peito Tatuagem,
Da nossa festa sem sentido,
Dos nossos personagens favoritos,
Entre o Bêbado e a Equilibrista,
Dançando no palco do nosso artista,
Banhada nas Àguas de Março,
sob o sol da preguiça,
sob o balanço da saia,
cheia de energia, cheia de graça,
espera matuto, que quando ela passa,
Tudo muda, só não muda Esse seu olhar,
No palco lá vem Ela,
Mulher, artista, Menina,
Simplesmente a nossa,
Elis Regina.

Ana Elizabete Barbosa 
Para Elis Regina, pela grande mulher que foi.

Aconteça


A vida é um palco, onde o ator principal é você. a plateia acompanha seus movimentos ansiosa pelo próximo passo, você dança, pula, brinca com as mãos, levanta uma sombrinha e de repente na hora do grande final, você cai... Olha fixo no chão, escuta o silêncio da plateia... e quando ninguém mais espera, eis que uma mão se apoia no chão e começa a caminhar de ponta a cabeça segurando com a outra, a mesma sombrinha, a música recomeça e um grande salto arranca os gritos do público, eis que surge o grande ator, seu espetáculo e sua criatividade diante da queda. Levante, sorria, o espetáculo não pode parar.

Elizabete Barbosa

sábado, 21 de abril de 2012

PÓLEN DE AMOR



Curupira me dá uma flor,
Roxo pólen, pólen de amor
Na mata orquídea rara,
Só Curupira conhece,
A lilás flor, que de amor enlouquece.

Traz aqui Curupira a flor,
Pólen roxo, roxo de amor,
Pólen mágico, magia do mato,
Orquídea rara como tu,
Perfume manjericão e alecrim
Encantando pólen de amor,
Trazendo um amor para mim.

Ana Elizabete Barbosa

GEMEOS O MULTIFACETADO



                                                        GEMINIANA POR ELA MESMA


Eu sou geminiana,
geminiano é assim:
adaptável, perspicaz,
mutável, tagarela e passional.
exagerada, apaixonada, dual.
só quem é de gemeos ama e odeia,
 ao mesmo tempo que ama,
e se odeia por amar.
geminiano é poeta, também é ator
é muito sincero e mentiroso nato.
não perturbe essa é sua frase
não fale essa é sua ordem
escute ele diz
mesmo com todos os defeitos o geminiano ainda é um aprendiz.
capacidade para amar: total
perdoar? jamais.
nunca me magoe
sou de gemeos, outra chance não terás
no trabalho sou exigente
 palpite então guarde para quem pedir
se me der sem pedir, me faço de demente
e solto os cachorros se você insistir
na amizade sou assim, inconstante,

 mas também sou leal,
 vou com você até debaixo dágua,
em um enterro ou carnaval,
atravessada, agoniada, arengueira, mas também sou legal
se destempero, espere.

se te bloquear, não se desespere,
 se me conquistar me aguente.
se não quizer fique ausente.
 se eu me encher, te deleto
se quizer me encontrar de novo faça novo projeto.

mas tenha certeza, se me fizer ser tua atriz,
terás o amiga que sempre quiz.
terás um geminiana, incompreendida mas feliz.
                                                                                                 Ana Elizabete Barbosa

Poema para o rei


Ao rei Roberto Carlos

Ao amor que tanto me embaraça
Ao mesmo que nem me nota quando passa
Aquele que deixa até a lua aperriada,
por não ter na sua branca nua aparição
uma face tão iluminada.
A ti anjo que naquele abril, cantou com seu primicio choro,
as emoções que me fariam sentir, hoje sem me entender, antes sem me ouvir,
a tua voz meu rei, ha fascinação, beleza, vida, alegria, há coração.
tristeza, nesse olhar esmo,
nesses cabelos brancos, nessa mão ainda firme tocando seu violão.
Com um sorriso muleque, essas barroquinhas trasparecendo solidão.
Vivo como o amor, esse menino Zunguinha, que ainda quer carrinhos,
que ainda busca um abraço, que só quer um carinho,
que colhe sorrisos perfumados,
quando oferece a flor, vermelha, vermelha de amor.
Que orgulho sente essa menina aqui do outro lado, em compor nesse momento
assim sem rascunho, um poema pra seu grande amor, pra explicar esse valor,
retratando como quem faz um ensaio, do seu maior poeta, seu rei Roberto Carlos.

Ana Elizabete para o grande amor da sua vida Zunga, Roberto Carlos


sexta-feira, 20 de abril de 2012

Aconteça




um médico pouco aprovado pela medicina convencional,
mas o que sabe dizer,
o que é preciso,
na hora que pode parecer que não deve,
mas essa eu queria deixar pra todos os que estão nessa luta.
 não adianta ficar com pena de si mesmo,
na hora de lutar, vc é o seu futuro,
decidir se quer viver,
não é que vc não possa chorar, pode, deve até,
mas quando a bola girar em direção a barra,
 roa as unhas, aperte as mãos, mas não feche os olhos,
vc pode perder o momento do gol,
só nesse momento,
apenas nesse momento,
 estará a vontade para gritar,
narre os acontecimentos,
diga eu venci,
foi duro,
 mas o adversário sou eu,
na próxima etapa estarei lá.
 e assim venceremos todas juntas.

Ana Elizabete Barbosa

quinta-feira, 19 de abril de 2012

Um pouco de mim, pra mim mesma


era um dia, eu na minha vida

abreviado dia que me conheci,
tão longos instantes que me separaram de mim,
nunca me vi uma pedra,
nunca me vi céu,
 também nunca me senti rio,
 mas me senti mar,
 já me senti um barco,
já imaginei ser oceano
 e mesmo conhecendo tão pouco de mim,
eu me reconheço,
a cada vez que me questiono,
quem sou eu diante de mim,
quem sou eu perto do mundo,
o que pensam, falam, publicam sobre mim não importa,
afinal se falam de mim, é porque eu faço a diferença na vida deles,
eu planto o que desejo colher,
 não sou santa,
nunca serei,
não mais sou menina, mas não serei velha,
minha alma amadurecerá, junto com meu corpo,
mas nunca permitirei que envelheça, que endureça, eu posso pensar assim,
posso fazer assim, porque eu me conheço o suficiente pra saber que :
é desconhecendo o futuro que vivo o presente sem medo,
se eu me conhecer o bastante, não terei nada a descobrir,
e então do viverei.

Ana Elizabete Barbosa

Contradições de uma vida de teorias

Eu não sei o que dizer, e por não saber é que as palavra fluem ,
 assim sem meio querer,
não é um bom dia pra escrever,
mas nunca se  deve perder o momento que dá vontade de dizer algo,
 mesmo que seja sem sentido,
eu nunca esperei ser perfeita,
a dona da verdade,
mas espero sempre que todos respeitem a minha opinião,
porque ela me define,
não sou má,
mas também não sou boa,
 eu sou como eu sou,
eu penso o que ajo,
e quando ajo não penso,
 porque as vezes eu preciso de um pouco de ilusão,
 uma dose de sonho,
 uma vontade de atirar me ao abismo,
mas mesmo assim,
 tenho muita sede de viver.
 Das pedras que recolho,
poucas ficaram,
das pessoas que conheço, quase nenhuma,
mas se ao menos eu ficar do meu lado,
já saberei que não assim tão insuportável,
ao final eu sou tão chata que nem mesmo eu me aguentaria,
se eu fosse eu, é se eu fosse eu,
não ficaria ao meu lado,
 mas se você, conseguir,
prova que você é tolerante
e sabe respeitar a individualidade das outras pessoas,
 então saberei que posso te chamar de amigo,
ou  pelo menos de companheiro.

Ana Elizabete Barbosa


Em 07 de maio de 2012,

Ana Elizabete,