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domingo, 22 de abril de 2012
Simplesmente Elis Regina, a Pimentinha
Na batucada da vida, eis que surge ela,
Mulata assanhada,
naquela ladeira, na mesma ladeira,
Ladeira da preguiça.
Vem Bonita,
mais que a garota,
que a Garota de Ipanema,
que tá aprendendo,
Aprendendo a jogar.
Essa Mulher da Cor do Pecado, é a
Doce Pimenta,
o doce regalo,
do Menino, do homem. da mulher,
das Memórias de Marta Saré,
que cantava Murmúrio na Saudosa Maloca,
onde construí Meu Pequeno Mundo de Ilusão.
No Meio Termo,
No Meio Tempo,
No Balanço do meu Samba,
Dois prá lá dois prá cá,
Venha a Maria, Maria,
venha a Iracema,
Irene, vem Dinorah,
As Meninas da Cidade,
Cantam com Madalena,
Cantam com ela, a pequena,
Cantam a voz, cantam a flor,
Cantam o Doce de Pimenta,
Que a Pimentinha de Vinicius cantou.
Ah esse furacão,
a Elis- cóptero da Lee,
que desvelou o Canto de Ossanha,
e que viveu Mesmo de Mentira,
na Noite dos Mascarados,
aquela Fascinação.
Ela com essa Mania de Gostar,
de batucada, de lavadeira, de laranja,
de subir morro, cantar samba e cantar Loa,
Não plantou essa menina,
nenhuma Ilusão a Toa,
Deixou pra todo mundo o Recado,
Nada Será Como Antes,
Minha doce menina,
Está tudo escrito,
Nas mãos da Cartomante,
Na bela Imagem que trazemos,
dentro do peito Tatuagem,
Da nossa festa sem sentido,
Dos nossos personagens favoritos,
Entre o Bêbado e a Equilibrista,
Dançando no palco do nosso artista,
Banhada nas Àguas de Março,
sob o sol da preguiça,
sob o balanço da saia,
cheia de energia, cheia de graça,
espera matuto, que quando ela passa,
Tudo muda, só não muda Esse seu olhar,
No palco lá vem Ela,
Mulher, artista, Menina,
Simplesmente a nossa,
Elis Regina.
Ana Elizabete Barbosa
Para Elis Regina, pela grande mulher que foi.
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