Santo é o Altar dos Boêmios,
onde a oferenda é a si mesmo consagrada.
Uma bebida forte e um prato que lhe apetece;
Uma companhia bonita que lhe encante
E outra que diga que seu amor ele não merece.
Santo é o Altar dos Boêmios
onde a poesia nasce
de um beijo ou rejeição.
Santo é o Altar
que recebe as lágrimas que derramei
cartas que nunca entreguei,
mas escrevi com suor nas mãos.
Santo é o Altar que fica no caminho da noite,
Estrada que trilho,
Santo é o Altar dos Boêmios,
cigarro aceso,caneta na mão,
sentimentos escondidos
diante da cadeira vazia.
Santo é o Altar dos Boêmios,
onde escrevi esses versos
pensando na menina
que conheci um dia.
Aninha Barbosa
Versos Mal-Criados