Nordeste da minha vida
Canta alma de alegria
Não canta alma sofrida
Isso é cordel e poesia
Numa terra onde se bebe cana
Se come pão ou rapadura
Buchada de boi, Baião de dois
Com cajuína aqui é cultura
O ano todo tem festa,
Tem São João igual não há,
Fogueira, folguedo, forró,
Pra quem sabe arroxar,
Salve salve minha terra,
Onde escuto tocar tambor
Seja de noite ou de dia
Na beira da praia ou na praça
Salve o coco e a ciranda de Lia,
Salve
Kalunga, no Marco Zero
Salve a
nação Malunga de Olinda
Meus
blocos e caboclinhos,
Bongar
Xambá e suas guias,
Quantas
ruas andei,
Quanta
ladeira subi,
Ao som de Alceu nem sei
Se subo ou se fico ali
Vendo a cidade tremer
Vendo a galera pular
Arreia
a Lenha que vem Marrom
Pelas ruas da Guararapes cantar
Traz ele André Rio,
Vem Almir e também Naná
Com
esse fogo todo eu fico aqui
Nessa festa me esbaldar
Depois
sigo pro Arsenal
Brincando
no Recife Antigo,
Meu bloco é sensacional
Só quem
já desfilou na Dantas sabe
O que é Maracatu,
Baque Solto ou Nação,
Viveu
emoções a mil,
Buliu o forte o coração
Pernambuco sentiu
Quem
não veio perdeu,
Quem
viu curtiu,
Carnaval
do Recife
O
carnaval melhor do meu Brasil
Com toda essa mistura,
Há quem diga que sou pobre
E pra esses eu mando um recado
Veja se entende bem
Se a cultura é de Pernambuco
É patrimônio meu também
Ana Elizabete Barbosa
Pernambucana arretada faz assim; decanta os nossos valores, exalta a nossa terra e demonstra o orgulho de ter nascido na "Terra dos coqueirais" ... E "eu não vou pra Pasárgada. Eu quero é ficar aqui", como disse, uma vez, outro grande poeta!!! Amei o post, amiga. Bjs
ResponderExcluir