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quinta-feira, 6 de novembro de 2014

Pernambuco tem é meu também




Nordeste da minha vida
Canta alma de alegria

Não canta alma sofrida
Isso é cordel e poesia
Numa terra onde se bebe cana

Se come pão ou rapadura
Buchada de boi, Baião de dois

Com cajuína aqui é cultura
O ano todo tem festa,
Tem São João igual não há,
Fogueira, folguedo, forró,
Pra quem sabe arroxar, 
Salve salve minha terra,
Onde escuto tocar tambor
Seja de noite ou de dia
Na beira da praia ou na praça
Salve o coco e a ciranda de Lia,
Salve Kalunga, no Marco Zero
Salve a nação Malunga de Olinda
Meus blocos e caboclinhos,
Bongar Xambá e suas guias,
Quantas ruas andei, 
Quanta ladeira subi, 
Ao som de Alceu nem sei
Se subo ou se fico ali
Vendo a cidade tremer
Vendo a galera pular
Arreia a Lenha que vem Marrom 
Pelas ruas da Guararapes cantar
Traz ele André Rio, 
Vem Almir e também Naná
Com esse fogo todo eu fico aqui
Nessa festa me esbaldar
Depois sigo pro Arsenal
Brincando no Recife Antigo, 
Meu bloco é sensacional
Só quem já desfilou na Dantas sabe
O que é Maracatu, 
Baque Solto ou Nação,
Viveu emoções a mil,  
Buliu o forte o coração
Pernambuco sentiu
Quem não veio perdeu, 
Quem viu curtiu, 
Carnaval do Recife
O carnaval melhor do meu Brasil
 Com toda essa mistura,
Há quem diga que sou pobre
E pra esses eu mando um recado
Veja se entende bem 
Se a cultura é de Pernambuco
É patrimônio meu também


Ana Elizabete Barbosa 

Um comentário :

  1. Pernambucana arretada faz assim; decanta os nossos valores, exalta a nossa terra e demonstra o orgulho de ter nascido na "Terra dos coqueirais" ... E "eu não vou pra Pasárgada. Eu quero é ficar aqui", como disse, uma vez, outro grande poeta!!! Amei o post, amiga. Bjs

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