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segunda-feira, 23 de dezembro de 2013
Sem Ti Mental Eu Sou
Já não vejo horizontes de Arrecifes
Vejo pedras confrontando o mar
Não vejo imponência nas águas
Apenas sua incapacidade de ultrapassar
Esqueci a cor do céu
Já não me importa lembrar
Não sei porque tenho pressa,
Já não quero chegar
Não sei o que mais me interessa
Não preciso mais falar.
Quero sufocar nas minhas angústias
Nas minhas incertezas e nas minhas buscas
Sei que são inúteis
Sei que são fúteis
Mas são as únicas que tenho
Não quero ser pedra
Não quero mais ter sentimentos
Quero apenas ser mente
Não quero raízes
Quero voar
Sou razão, talvez emoção
Não quero ser mais nada
Sou eu o um pedaço de ilusão.
Ana Elizabete Barbosa
domingo, 22 de dezembro de 2013
Embolada para o Recife
Pernambuco tem muita beleza
Coisa muito boa de se ver
Frevo, festa, carnaval
Como é bela a capital
Menina venha conhecer
Praças, pontes, viadutos
Chora menino no portão
Joaquim, Nassau e Melo
Nossas ruas principais
Boa vista, Guararapes,
Palco desses carnavais
Caboclinhos na Boa Vista
Recife Antigo do Maracatu
Procissão veio do morro
Coco desse mulungu
Cachaça vira a meia noite
São João fogueira e paiol
Minha Veneza não tem
Tempo ruim meu bem
Vivo de boa faça chuva ou sol
Ana Elizabete Barbosa
Alegria, Alegria
Feliz do poeta que tem a imagem a seu favor
Eu gosto de gente que me provoca
provoca sorrisos
provoca vontades
gosto de gente que me acende
acende alegrias
acende romantismo
gosto de gente que bate
bate no peito e diz que ama
bate palmas pra quem faz o mesmo
gosto de gente que se alegra
com alegria dos outros
que sente vontade de gritar
quando o amigo chega
gosto de gente de verdade
gosto de gente que sabe amar
gosto de gente que sabe sorrir
Ana Elizabete Barbosa
sexta-feira, 20 de dezembro de 2013
Distância
Qual o nome desse mal
Milímetros, quilômetros, milhas
Como mede-se o tal
Trenas, fitas, sapatilhas.
Que benefícios nos trás tal situação
Paciência, perseverança, ilusão
Que males provoca-nos essa maldade
Lágrimas, dores, saudade
Milímetros de lágrimas,
Quilômetros de dor
Milhas de saudade
Quem poderia dizer ao poeta
Que sentimentos não se podem medir
Se a geografia mesmo inventa
A distância onde ele não pode ir.
Entre um oceano e outro
Existem amigos e amores
Existem aqueles por quem sorrimos
E aqueles que nos causam dores
Se um dia eu puder atravessar esse mapa
Em um único passo irei visitar
Toda América, toda Europa, Toda Africa,
E a todos poder abraçar.
Ana Elizabete Barbosa
Estrela Pernambucana
Voa pelos céus do Recife que tanto cantou
passa pelas pontes e deixa saudades
o rei do brega nos deixou
Para sempre será lembrado
na alegria de viver
nos bailinhos em que era o bom
na hora de chamar o garçom
Quando você foi embora
Sem me dizer adeus
Pra sentir felicidade
Eu acho que vou chorar
Pra não morrer de solidão
Voa Rossi pelo Recife que espera tua liberdade
Gratidão pelos dias que passamos juntos
Hoje eu só quero brindar
Não ao seu voo
Mas ao encontro dos poetas que te receberam
Enquanto isso eu vou telefonar pra uma amigo meu
e vou marcar com ele pra gente sair
pois eu bem sei que a minha fossa
vai ser grande eu talvez possa
longe de você curtir
Borogodá
Ana Elizabete Barbosa
Quando se vai um poeta, milhões de vozes se calam,
Voa a estrela da música pernambucana
A volta do Poeta
Lágrimas clamam do céu do Pernambuco
Inflamam momentos de preparação
Para receber seu convidado especial
São pedro manda lavar o salão
As águas do meu Recife subiram
Toda natureza veio saudar
O espirito do poeta que da cidade se despedia
Pois para casa iria voltar
A sociedade de poetas vivos
Chico, Arlindo, rei Lua ....
Já estavam a aguardar
Receberam com muita chuva
Vossa majestade o rei Rossi para assumir seu lugar
Nunca esqueceremos aquele Borogodá
toda mulher leviana, todo corno,
toda dama,
Todo poeta bêbado
Todo rabo de saia,
Todo violão
Entoará sua poesia no meio do salão.
Ana Elizabete Barbosa
sábado, 14 de dezembro de 2013
SHANGRI LA
Partirei,
Não me chamem,
Pois não quero voltar,
Quero partir desse mundo,
Ir para outro lugar,
Quero viver além dos meus pensamentos,
Passear em shangri la,
Onde tudo é magia,
Onde eu posso ser eu,
Onde posso cantar,
Posso poetizar sem ser julgada,
Sem correr o risco das amarras,
Fugir da fogueira, da inquisição,
Daqueles que chamam bruxa,
Porque encantos eu paixão,
Falo do que não entendo,
Em um português mal dito,
Mal falado, esquisito,
Nunca me dei regras,
Também não as aceito,
Não sou eu poeta,
Mas também não deixo de ser,
Apenas digo o que sinto, o que não posso
esconder.
Ana Elizabete
Barbosa
domingo, 8 de dezembro de 2013
Maquiagem
O vermelho anuncia a saída da mariposa
bronze para esconder as noites mal dormidas
Rosas perfumam o quarteirão por onde passa
Quem a vê sorrir não imagina a dor que a estilhaça
Róseas maças dizem que o sorriso é perfeito
Mechas clareiam os cachos que caem em seu rosto
Escondendo a lágrima que insiste em rolar
Quem a vê sorrir não imagina os motivos que a fazem chorar
Linda seda colorida ornamenta seu corpo esguio
Curvas já não se acham naquele caminho
Sandálias abertas facilitam seu passos a correr
Quem a vê tão esbelta não quer os motivos que a fizeram emagrecer
Um raso olhar escondido em meio sorriso
Um aperto de mão, uma palavra de improviso
Um verso que a ela traduz em uma palavra pouco certa
Quem se emociona ao ler seus versos não deseja o motivo a que fez ser poeta
Ana Elizabete barbosa
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