Saudade nem sempre é
despedida,
As vezes é só um pedaço
fora do lugar,
Saudade dói e o remédio
é ir buscar,
O objeto do desejo, o
olhar e o beijo,
A maneira de amar,
Saudade é bichinho
arteiro,
Começa mexendo no
cabelo,
Vez ou outra sai pelos
cantos da cama,
Puxando a perna, a ponta
da saia,
Lembranças com cheiro de
alfazema
Da camisola suada, do
teu sorriso
Se escondendo pra eu não
te ver despenteada
Saudade é palavra forte,
Eu desconfio que nem
exista,
Já que em nenhuma outra
língua é falada,
Eu sinto saudade mesmo
menina,
Era das vezes que dormia
abraçada,
No teu peito meu esteio,
tua boca minha morada,
Que se dane o que pensam
desses momentos,
Eles só cabem a nós e
aos nossos alentos,
Nessas noites frias de
abril,
Noites que me lembro
especialmente,
Do triste dia que você
partiu.
Aninha Barbosa
Aninha Barbosa
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