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segunda-feira, 13 de novembro de 2017

PADRÕES






Padrões no meu corpo pra ser aceitável ao olho da sociedade
Caixinha de opiniões pra não ser linxada na rede social.
E quando serei quem eu sou de verdade?
Roupa da moda, adequada pra não pagar mico
Sendo diferente onde todo mundo é normal.
Varal de fotografias pra exposição,
Quem se veste bem, que se veste mal,
Quem tem cara de santa ou de ladrão.
Quem é playboizinho ou Marginal
Uma droga pra dormir, Rivotril legalizado,
Uma erva pra relaxar, logo sou crucificado
Protejam as árvores, a natureza é criação divina,
Se pra mim ela é o divino logo sou repreendida.
Que ordem e progresso são esses
Se a igreja se mete em minha vida
Decide se vou casar, se eu vou pro céu ou não
Quem é bom, quem é mal, tudo decido pela religião
Pacotes de gênero para entrar no padrão
Se é branco se é preto, homem ou mulher,
Preconceito disfarçado de opinião
Pacotes de ironias, pacotes de bolo de rolo,
Rolo de padrão, camisa de força, pescoço na forca
e o bobo da corte é o cidadão.


Aninha Barbosa

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