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domingo, 10 de junho de 2012

Do meu pouco português



DESCULPE ME O PRESENTE,
APOSTO QUE QUEREM QUE EU REPRESENTE,
NÃO TENHO POIS TOLERÂNCIA, DE ESTE MAL LHE FAZER,
NÃO TENHO ANTES, PORÉM O DIREITO,
DE AGRADAR PARA ME DEFENDER.

BEIJAR AS BOCAS ALHEIAS,
DEITAR ME TODA NUA,
ENTREGAR-ME AOS DESEJOS E AO PRAZER,
SERIA UM PREDICADO BEM ESTUDADO,
DE UMA DISSERTAÇÃO  MAL DIRIGIDA,

ESTARIA ERRADA COM A SINTÁXE, TAMBÉM COM A ANÁLISE,
DESENCONTRADA DO FUTURO, PERDIDA NO INTRANSITIVO,
DISSOCIADA DA RAZÃO, DOS POUCOS ADVÉRBIOS QUE ATURO,
EIS QUE O SUJEITO DESSA ORAÇÃO
É  O VOCATIVO QUE AINDA ME TEM DADO,
O DIREITO DE CONJUGAR O VERBO AMAR,
AINDA QUE SEJA NO PASSADO.

ANA ELIZABETE BARBOSA

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