Quero pedir ao moço licença,
Para muito lhe admirar,
Mais que óleo em tela,
Quero eu lhe afirmar,
Nos olhos meus, espelho seu,
Dentro do meu olhar,
Não existe nessa arte tecnica,
Forma que desvende a expressão,
Que te leia menino,
Com tinta, lápis ou borrão.
Te pinto tãoTarsila,
Te sinto tão Da Vinci,
Te quero nu barroco,
Entre flores te procuro,
Em um mundo tão surrel,
Tão Monet,
Tão Dalí,
Mais que Picasso desenhado em mim.
Tuas fases, tuas faces,
Seria meu elfo tua mulher,
Teus dentes pequeninos brilhantes,
Teus cabelos esvoaçados, negros,
Teus olhos nos meus marcados,
Nos teus ombros o abraço apertado,
Peças do meu quebra cabeça,
Teu sorriso inquietante,
Na força do teu íntimo,
No calor de minhas entranhas,
`
És tudo de irreal em minha vida,
Minhas cores de viva aquarela,
Não há moldura que te enquadre,
Nem mesmo essa feita pela minha mão,
Pela madeira do amor,
Minha doce tela,
Meu belo beija-flor.
Ana Elizabete Barbosa, 10/12/2012
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