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domingo, 12 de janeiro de 2014

O Tempo



O tempo mal dito instrumento de tortura e de dor
Trás lembranças embutidas em relógios quebrados
Ana lógicos, sem digitais, trás tudo que eu não quero
Lembranças, amores, loucuras, ideais.

Ele é dono das coisas que eu não lembrar
Também daquelas que não consigo esquecer
Aquele mal dito tempo, dono do meu lamento
Daquilo que eu esqueci de viver.

Hoje eu piso firme
Piso longe dos caminhos seus
Ando nos caminhos da palavra
Da palavra que me feriu
Da palavra que eu não consegui dizer
Aquela que talvez eu traduzi
Mas  nunca consegui descrever.


Ana Elizabete Barbosa

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