Prisões. Forcas, Recife cala boca
Padres, Igrejas, construções de ouro
Lucro de português e Mouro
Prostitutas serviçais da coroa
Por moedas e joias davam paradeiro
Do revolucionário, do preto, do forasteiro
Chegou o progresso, pontes se erguem
Louvem a Mauriceia e o governador
Passeio de ponte para o palácio
Venham ver o boi voador
O açúcar produzido em Estelita
O Navio para Lisboa levou
Produto barato no mercado
Venham comprar é a vista
Tenho preto saudável
Os melhores de Angola
Garanta o seu por apenas 130mil
Enquanto isso a princesa brincava no jardim
El não está contente,
Falta dinheiro para coroa
Pega o padre traidor na rua
Fura Caneca na Fortaleza
Tiros no Recife escuro
Capibaribe caminhava pro mar
Mascates, massacres, índios, negros
Engenhos, pedras caídas no chão
Recife parindo a morte
Nascido das cinzas da capital
Onde está o governador
Quem sabe na casa de Admirael
O Arrecife dos Navios povoamento da capitania
Onde viviam pescadores,
Longe do olhar dos senhores
Que em Olinda encastelados viviam
Gerras, massacres, Senhores, mascates
Recife passou a ser vila.
Vila de Santo Antonio do Recife
Agora seria capital
Aprovada pela Coroa Portuguesa
E pela Holanda de Nassau
Olinda Incendiada padecia
No Recife o comércio crescia
O Veneza Cidade mauricéia
Cadê teu orgulho? Tua verdade?
Frades, Beneditos, Carmelos, Jesuítas
Rezam pelas almas perdidas
No Marco da Morte do pelourinho
E o vinho?, ah o vinho é bom.
Aninha Barbosa
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