E essa vida Severina, que vem e que vai, como água de chuva no Rio, cai e não volta jamais. E essa vida Severina, águas de chuva, são lágrimas dos anjos que caem. E essa vida Severina, enxuga na saia o suor. Esconde o sorriso menina. Careta debaixo de sol.”
essa vida Severina, ainda menina sentindo o vento que batia pra enxugar o lençol no varal. Como se fosse bandeiras voando com a sua imaginação
Os sonhos com ela voando, como pássaro solitário de canto em canto sem pouso seguro pra cantar.
Quando já não era mais menina, e essa vida Severina, que custava a ganhar.
Fez de barro sua tapera, grão em grão subiu a serra e essa vida Severina começava a mudar.
Águas que caem do céu e do rosto, lavam as mãos nesse Agosto e te levam pra outro lugar. Pássaro em bando a vida e o encanto, a vontade de cantar.
Canto preso na garganta. Música que hoje encanta. Essa história que acaba de mudar. E essa vida Severina, na lembrança e na memória. Com café e esperança conta pra quem quiser escutar.