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sexta-feira, 25 de novembro de 2022

Volta da Vida




 Muito fácil pra você me detonar, não tem outra ocupação. Nada de bom para falar. Que medíocre é tua vida, vazia pra caralho, eu seguindo a minha história e tu plantando galho. Olha pra frente camarada, arruma a tua mente, o futuro que te aguarda, nessa vida é deprimente. Será que eu estou careta, será que vou surtar, não nasci pra virar meme, nasci para brilhar. Eu sou grande até o talo e vagabundo não vai me calar.  

Já estive na pior, já passei pelo inferno. Já brinquei com o perigo, vi o diabo de terno, pregando em praça pública, o verbo e o grito, fez o povo cheio de fé, chamar seu filho de mito. Se eu conheço o demônio, eu conheço o seu domínio. 

Querem roubar a minha fé, querem roubar a minha vida, é latrocínio social, matar reputação, julgar, reter e cancelar, tudo pra perpetuar a raiz de todo mal. É latrocínio social. 

Irmão ajuda irmão, mas se ele for preto, não é bem assim. 

Já estou cansada de explicar, não tem mais tempo de aguardar, a gaveta tem que abrir, para fazer papel voar, ouça minha voz senhor juiz, uma preta precisa falar. 

Já passei pelo pior, já estive no inferno, já brinquei com o perigo, vi o diabo de terno, eu conheço a sua face, conheço também uma oração, não debato, argumento, quando estou com a razão. 

Se errei alguma vez, já assumi, me desculpei até demais. Eu não nasci pra ser pisada, estando certa ou errada, eu sempre vou falar, não nasci pra agradar a ninguém, quem és tu pra reclamar?  


Aninha Barbosa

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