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terça-feira, 20 de maio de 2014

Folhetim


Urgências
Emergências
Divergências
Clemências 
Indulgências
Desistências

A vida logo passa 
A água aqui pinga
O mundo então gira
O amor assim esfria
A mente é tão insana
Rola, cai, deita na cama
Anoitece e amanhece o dia
E o que aconteceu ?
Nada, diz dona Maria.

Morreu como, quem disse
Quem viu passar o esquife
Quem lembra dele ainda vivo
Eu não sei ele quem foi quem é
A vida passou por ele correndo
Ele trancou-se nela e não a viu
Passou a vida ensaiando e lendo
Para subir ao palco e não subiu
Não aproveitou sequer o espaço
Perdeu uma nova oportunidade
Não dá mais tempo camarada
Agora ficou o verso e a saudade.

Pega o violão e guarda a nota
Quando mais tarde se encontrar
Quem sabe com autores e atores
Possa uma nova história escrever
Quem sabe em um ponto irreal
Possa então ter um novo final
Se o príncipe escolhido não quiser
Muda-se o ator e faz dele o principal
Se a novela não der certo ainda assim
Pegaremos a história e faremos um folhetim.

Ana Elizabete Barbosa

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